



Sedã, cupê hardtop (agora
exclusivo do Bel Air na Chevrolet), conversível: a farta linha 1954, que
tinha mais potência e controle elétrico de vidros e bancos |
Havia duas opções de motor para toda a linha. Ambas tinham os seis
cilindros em linha já tradicionais da marca, mas a novidade eram as
válvulas no cabeçote, que aposentavam os cabeçotes em "L" (válvulas no
bloco) usados até então. A primeira, usada em veículos com caixa manual
de três marchas, tinha cilindrada de 216 pol³ (3,55 litros) e produzia a
potência bruta (padrão neste artigo) de
92 cv. A segunda, para os carros equipados com câmbio automático
Powerglide, era de 235 pol³ (3,85 litros) e 105 cv. A Chevrolet inovou
no segmento mais acessível do mercado ao oferecer a caixa totalmente
automática Powerglide de duas marchas.
Pouco mudaria nos dois anos seguintes. Em 1951, seguindo as novidades da
linha, o Bel Air apresentava novos cromados das laterais e luzes de
direção dianteiras mais para baixo e para fora da grade. O mesmo valia
para a linha 1952, quando a parte central da grade ganhou alguns dentes
e o carburador das versões com Powerglide recebeu afogador automático.
Novidades mais significativas só viriam um ano depois. Com um perfil
mais retilíneo, fez uma ponte entre a geração 1949-1952 da Chevrolet e a
lendária geração de 1955-1957.
Houve também uma importante alteração nos nomes das séries da divisão
mais acessível da GM. One-Fifty (150), Two-Ten (210) e Bel Air eram as
três series da Chevrolet para 1953. De versão de carroceria, o Bel Air
era promovido à mais completa série da divisão. Além da maior evidência,
o Bel Air estava mais gracioso e requintado na aparência. Agora, além do
cupê ao estilo hardtop, a série incluía sedãs de duas e quatro portas e
um conversível.
A nova frente tinha grades com três dentes de cima a baixo e, nas
extremidades, luzes de direção circulares com uma moldura em forma de
mira. O pára-brisa já não era mais bipartido. Os cromados laterais se
concentravam nos pára-lamas traseiros — que tinham novo desenho — e
formavam uma faixa geralmente pintada na cor do teto. A traseira estava
mais alta e reta. O sedã de quatro portas era especialmente
interessante. Bordas cromadas brotavam das portas traseiras, envolvendo
as últimas colunas, um recurso até simples que sofisticava o Bel Air,
sem chegar à ostentação de um Cadillac ou Buick.
Continua
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