A mecânica
simples, que dispensava a bomba d'água e até a de
combustível, tinha o motor à frente do eixo dianteiro e tração
traseira
A
cilindrada era um pouco maior que o número 500 da denominação, exatos
569 cm³.
A potência de 13 cv a 4.000 rpm, que hoje seria alcançada por
motocicletas de um cilindro e 125 cm³, movia com honestidade o carro
de apenas 535 kg, levando-o à velocidade máxima de 85 km/h. Como se
espera, consumia pouco, fazendo cerca de 16 km/l. O motor ficava à
frente do eixo dianteiro, o que alguns atribuem a uma intenção de
Giacosa de adotar a tração à frente. Agnelli, porém, teria preferido a
tradicional tração traseira por temer uma rejeição do público italiano
à novidade, que ainda começava a ganhar adeptos com o
Citroën Traction Avant e
outros modelos. O capô abria-se para a frente, levando junto a grade.
O câmbio era de quatro marchas, sem
sincronização na primeira e na segunda. As suspensões usavam
feixes de molas: um transversal com molas semi-elíticas na dianteira,
que era independente, e feixes longitudinais de quartos de elipse na
traseira, com eixo rígido. O chassi sustentava o motor por um único
ponto e terminava no eixo posterior, algo que logo mudaria com sua
extensão até a extremidade do carro — ocasião em que os feixes
traseiros passavam a ter molas semi-elíticas. O tanque levava 22
litros.
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