O painel da versão GT era completo. Em formato retangular, incluía conta-giros, manômetro de óleo, amperímetro e relógio com cronômetro! O volante de três raios trazia aro com imitação de madeira e os bancos dianteiros, separados, tinham apoio para a cabeça incorporado ao encosto. A posição de dirigir era muito boa e, se o câmbio fosse manual, a alavanca inclinada para trás, como nos Stock Cars, estava bem à mão.

Em 1973 os grandes carros americanos sofriam com a crise do petróleo, mas o Montego permanecia atraente pelo conforto e desempenho

Em 1973 houve o abalo para todas as indústrias de automóveis no mundo. Estourava a crise do petróleo. Nos Estados Unidos também começavam a vigorar novas leis de emissões de poluentes e segurança, sobretudo na Califórnia, que era um dos melhores mercados do país. Para poluir menos, a gasolina perdeu o chumbo tetraetila e isso diminuiu sua octanagem. Foi um desastre: os carros ficaram menos potentes, mais lentos e, em alguns casos, mais pesados por causa de itens de segurança, como pára-choques mais robustos.

No ano seguinte a carroceria do Montego ainda era a mesma, mas na frente vinha uma grande mudança na grade, retangular no sentido horizontal. As luzes de direção voltavam a incorporar a grade e os pára-choques eram maiores. Na versão cupê, na coluna central, havia uma janelinha nada harmônica, mas era moda na América e adotada em vários modelos de outras marcas. Montego MX Villager era a nova denominação da perua, que podia vir ou não com decoração em madeira na lateral, teto de vinil e bagageiro. Assim ficava meio fantasiosa, mas agradava aos que admiravam esse tipo de carro.

Em 1974 a grade voltava a ser horizontal e os motores estavam menos potentes, em função das normas de controle de emissões

Em 1975 o Montego entrava em seu último ano de produção. O motor básico, o V8 302, agora desenvolvia 140 cv a 3.800 rpm – mas era potência líquida, padrão nos EUA desde 1972. Foi um carro muito importante para a história da marca e mais de 900.000 foram produzidos de 1968 até 1976. Este ano foi apresentado um novo Mercury resgatando o nome Montego, um sedã amplo de quatro portas com linhas bem atuais, mas que não tem relação com o modelo antigo.

Ficha técnica
_ Montego MX 302
(1968)
Montego MX Brougham 390
(1969)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 101,6 x 76,2 mm 103 x 96 mm
Cilindrada 4.949 cm3 6.390 cm3
Taxa de compressão 10,1:1 10,5:1
Potência máxima bruta 230 cv a 4.800 rpm 325 cv a 4.400 rpm
Torque máximo bruto 42,8 m.kgf a 2.800 rpm 63,5 m.kgf a 2.200 rpm
Alimentação carburador de corpo quádruplo
CÂMBIO
Marchas e tração 3, traseira
FREIOS
Dianteiros / traseiros a tambor a disco
SUSPENSÃO
Dianteira / traseira independente / eixo rígido
RODAS
Pneus 6,95-14 7,35-14
DIMENSÕES
Comprimento 5,32 m
Entreeixos 2,94 m
Peso 1.650 kg 1.830 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 178 km/h 200 km/h*
Aceleração de 0 a 100 km/h ND 11,0 s*
* estimado; ND = não disponível

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