Antes disso, no final de 1980, haviam estreado novos motores de quatro
cilindros a gasolina, mais leves e econômicos. O 2,0 passava a 109 cv e,
com a chegada da injeção mecânica, o 2,3 fornecia 136 cv, tornando
dispensável o antigo e pesado "seis" de 2,5 litros, que agora vinha
apenas sob encomenda. Em setembro de 1982 vinham diversas evoluções:
novos faróis, bancos mais confortáveis inspirados nos do Classe S, luz
interna com temporizador, melhor isolamento de ruídos (com dupla
guarnição nas portas, por exemplo), direção assistida de série nas
versões inferiores. Um ano depois chegava, enfim, o câmbio manual de
cinco marchas.
A estréia da geração W124, em 1984, anunciou o fim da trajetória de
sucesso da W123. Algumas versões do antigo modelo ainda foram produzidas
até janeiro de 1986, de modo a somar 1,28 milhão de unidades com motor a
gasolina e 1,41 milhão a diesel, entre as várias carrocerias. De
famílias a passageiros de táxis, de executivos a usuários de
ambulâncias, quase 2,7 milhões de veículos dessa família transportaram
pessoas com o conforto, a solidez e a confiabilidade que muito
contribuíram para a imagem que a Mercedes-Benz desfruta até hoje.
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