No
ano seguinte a taxa de compressão era novamente reduzida, ficando em
7,3:1. A taxa elevada vinha trazendo problemas de auto-ignição em alguns
casos (o motor funcionava por mais alguns instantes ao se desligar a
ignição), agravada pela irregular qualidade da gasolina brasileira já na
época. O FNM recebia também uma grade central mais larga e baixa, ao
estilo dos novos Alfas italianos de então, e pára-choque dianteiro
inteiriço. E aparecia — enfim — um retrovisor externo esquerdo,
embora fosse quase ilustrativo de tão pequeno. Por dentro exibia novo
volante, com teclas nos raios para acionar a buzina, e revestimento em
vinil, mais barato, porém menos agradável que o de couro.
Já um tanto envelhecido, mas ainda charmoso e raro de se ver, o FNM teve
em 1970 seu ano de maior produção, pouco mais de 1.200 unidades. Mas o
mercado já era outro a esse tempo, com modelos grandes mais atuais —
embora de mecânica clássica — e de alto desempenho, como o
Dodge Dart com motor
V8 de 5,2 litros e o Opala de seis cilindros. E seu preço continuava
elitista: em outubro desse ano era de 23,9 mil cruzeiros novos, menor
apenas que os do Opala Luxo 3,8 (24,6 mil), Itamaraty (24,7 mil), Dart
(25,1 mil) e a linha Galaxie/LTD, que variava de 28,3 a 48,1 mil.
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