Ironicamente, essas conquistas não comoviam o público-alvo dos
Duesenbergs de passeio. A elite americana, ao contrário do motorista
europeu, não se impressionava com o pedigree obtido nas pistas
por um automóvel. Corridas significavam barulho, fumaça e mau cheiro,
um universo tão distante da confortável e luxuosa vida apreciada por
esse topo da sociedade. Embora o modelo A não participasse delas, a
associação era fácil graças a tantos sucessos nas pistas. O nome
alemão da empresa tampouco ajudava, tendo em vista a imagem da
Alemanha no exterior com a Primeira Guerra Mundial.
Outro motivo alegado como causa das baixas vendas do
modelo A era a
falta de inspiração e charme de suas carrocerias. Faltava
personalidade e detalhamento aos carros americanos da época, aspecto
em que o Duesenberg não era exceção. De 1921 a 1926, poucas centenas
foram produzidas e a situação começava a ficar crítica. Numa tentativa
de reavivar a marca foi criado o modelo X, dos quais só 13 chassis
foram produzidos. Era um A revisado, com o mesmo bloco do motor, mas
tinha virabrequim, pistões e outras partes modificadas. O fim desse
período foi marcado pela aquisição da marca por Errett Lobban Cord,
empreendedor que havia adquirido a Auburn e também fundou uma nova
divisão, a Cord, para completar um pequeno conglomerado.
|