O Adventurer passava a contar com o motor opcional Ram Charge, um 383 com dois carburadores quádruplos, duplo escapamento e sistema de admissão induzida de ar, que trazia alguma potência adicional aos 305 cv de série (295 no Fireflite). Nem isso reanimou as vendas, que naquele ano ficaram em míseras 25 mil unidades, o pior resultado desde 1934. Para agravar a situação, nesse ano era lançado um Chrysler mais acessível, o Newport. Por preço semelhante, muitos preferiram investir em uma marca sólida, que não parecesse estar em vias de extinção.

E de fato estava. A eliminação de versões mostrava que a linha 1961 poderia ser a última. Chamado apenas pela marca DeSoto, o carro vinha como hardtop de duas e quatro portas, tinha o acabamento do extinto Fireflite e a plataforma do Chrysler Windsor, com entreeixos 10 cm menor que o de outros tempos. O estilo era de gosto discutível, com duas grades sobrepostas de diferentes padrões, quatro faróis formando um "V" e lanternas traseiras nas aletas, que assim lembravam o nariz de um tubarão. O motor desenvolvia 265 cv.

A decisão de extinguir a divisão já estava tomada, mas a Chrysler preferiu acelerar sua produção — para queimar os volumosos estoques de peças — antes de anunciá-la. Feita a divulgação, em novembro de 1960, a linha do ano seguinte contava com menos de dois meses no mercado! As concessionárias Chrysler e Plymouth tiveram de receber os carros, por força de contrato, e muitas se livraram deles com polpudos descontos, o que só contribuiu para prejudicar a imagem da marca. Alguns revendedores DeSoto processaram o fabricante e ganharam.

A estratégia da corporação mostrou-se equivocada, ao manter suas marcas mal identificadas. As concessionárias DeSoto em geral eram compartilhadas com a Plymouth e, quando o grupo passou a estimular que esta tivesse revendedores exclusivos, a opção natural de muitas delas foi abandonar a concessão DeSoto, deixando a marca com uma rede insuficiente. Além disso, durante a maior parte do tempo, sua linha não passou de variações de modelos oferecidos por outras divisões do grupo — erro que se repetiria décadas depois com a própria Plymouth, levando a sua extinção em 2001.

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