Uma leve reestilização era feita em 1987, assim como uma série limitada em alusão aos 20 anos do Cougar. Em 1989, com carroceria toda nova, crescia um pouco (5,10 metros) e continuava a compartilhar a plataforma com o T-Bird. A frente em cunha exibia faróis retangulares e luzes de direção envolventes. Por dentro, era luxuoso e confortável, com bancos de couro, painel envolvente e volante da mesma cor do interior. A propaganda da marca dava ênfase a "tomar cuidado com o gato", mas ele era manso se comparado àqueles da década de 1960. Sob o capô, nada da antiga exuberância de oito cilindros: o único motor era o V6 3,8, com 140 cv na versão básica e caixa manual de cinco marchas ou automática de quatro.

Em 1989, carroceria de estilo agradável e a ausência do motor V8, que retornaria em dois anos

Exibia mais emoção o que era equipado com um compressor tipo Roots e resfriador de ar: desenvolvia 210 cv e 43,5 m.kgf, para máxima de 215 km/h. Em contrapartida, agora a suspensão traseira era independente — bem mais moderna e eficaz em estabilidade — e a dianteira, antes McPherson, adotava braços sobrepostos. Na versão mais potente era equipado com freios a disco nas quatro rodas e sistema antitravamento (ABS). Dos antigos concorrentes, apenas o Camaro continuava. Os demais eram modelos comportados como Chrysler Le Baron, Eagle Talon, Chevrolet Monte Carlo, Oldsmobile Cutlass e Pontiac Grand Prix.

O V6 superalimentado não fez sucesso, levando ao retorno do V8 302 após dois anos, com 200 cv, junto de novos faróis, grade e lanternas. Em 1992 aparecia a série especial de 25º aniversário, com o mesmo motor, rodas BBS e acabamento monocromático. Depois de unificar a linha Cougar em uma versão XR-7 sem esportividade, no ano seguinte, a Mercury estreava em 1994 um moderno V8 de 4,6 litros e 205 cv, parte da linha modular da Ford e dotado de comando de válvulas no cabeçote, aliado a uma caixa automática com controle eletrônico. As alterações de estilo eram pequenas, mas a segurança aumentava com controle de tração e bolsas infláveis frontais.

Em 1997, o último Cougar: o cupê completava 30 anos e se despedia do mercado, abrindo espaço para um modelo menor e de tração dianteira, com base no Mondeo

Retoques visuais, como faróis de superfície complexa, e maior torque no V8 chegavam em 1996; uma versão Sport, com defletor traseiro, no ano seguinte. No entanto, o mercado para esse tipo de carro estava em evidente declínio. Ainda em 1997, quando completava 30 anos —comemorados com mais uma edição limitada —, o Cougar despedia-se, da mesma forma que o T-Bird e outro cupê luxuoso da Mercury, o Mark. O felino americano havia perdido todo seu encanto e originalidade dos primeiros anos, mas seus fãs até hoje cultuam — e preservam — os modelos de sua fase áurea.

Ficha técnica
_ XR-7 390
(1967)
Eliminator 429
(1970)
XR-7 302
(1993)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 102,8 x 96 mm 110,7 x 91,2 mm 101,6 x 76,2 mm
Cilindrada 6.392 cm3 7.033 cm3 4.949 cm3
Taxa de compressão 10,5:1 ND
Potência máxima 335 cv brutos
a 4.800 rpm
375 cv brutos
a 5.200 rpm
200 cv líquidos
a 4.500 rpm
Torque máximo 59 m.kgf brutos
a 3.200 rpm
62,2 m.kgf brutos
a 3.400 rpm
36 m.kgf líquidos
a 3.200 rpm
Alimentação carburador de corpo quádruplo injeção multiponto
CÂMBIO
Marchas e tração 4, traseira automático, 4,
traseira
FREIOS
Dianteiros a disco a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido independente
RODAS
Pneus F70-14 205/70 R 15
DIMENSÕES
Comprimento 4,98 m 5,07 m 5,08 m
Entreeixos 2,82 m 2,85 m 2,87 m
Peso 1.660 kg 1.715 kg 1.690 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 215 km/h ND
Aceleração de 0 a 100 km/h 7,5 s ND
ND = não disponível

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