Com o Colt 1500 Sport Sedan de 1966, a Mitsubishi tentava compensar um pouco essa limitação. Era o primeiro sedã com apelo esportivo da marca. Mantendo a carroceria do Colt 1100, mas com motor de 1.498 cm³ e 70 cv, ainda vinha equipado com freios a disco dianteiros e conta-giros. Parece piada hoje um carro com pretensões esportivas baseadas em meros 70 cv, mas a Mitsubishi soube desenvolver bem essa fórmula, como veremos adiante. Complementando o Colt 800, surgia a versão 1100F, dando mais ânimo ao fastback. Ainda em 1966 surgia o primeiro monoposto de corrida da marca (leia boxe abaixo), o Colt F3A.

Depois do êxito do Colt 800, o primeiro Mitsubishi em formato fastback, muito apreciado à época, chegava em 1967 o modelo 1100 no mesmo estilo, ao lado

O Colt 1100F ganharia a prática porta traseira de configuração hatchback em 1967. Um ano depois, o reformulado Colt com faróis retangulares recebia a versão 1200, com propulsor de 1.189 cm³ e 62 cv. O carro foi pensado para ser seguro e confortável mesmo à velocidade máxima de 130 km/h. Era também apresentado o 1100F nas versões Sports e Super Sports. Apesar dos nomes pomposos, usavam o motor de 1.088 cm³ e 58 cv, para chegar a 140 km/h.

Na linha 1969 chegaria um importante capítulo da história do Colt. Era o Colt Galant, cujo "sobrenome" mais tarde daria origem ao modelo médio de prestígio e vida longa da Mitsubishi. Anunciado como um carro pessoal avançado, seu estilo foi chamado de Dyna-Wedge, uma junção das palavras "cunha" e "dinâmico" em inglês. Havia três versões com especificações técnicas e acabamento distintos: A1, A2 e A2 GS. O motor de 1.499 cm³ desenvolvia bons 105 cv na versão A2 GS.
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Com o Colt Galant, em 1969, tinha início outro nome de longa tradição na marca; o motor de 1,5 litro chegava a 105 cv na versão superior A2 GS
Os monopostos Colt
A mudança dos carros de corrida Mitsubishi de modelos de passeio para monopostos, em 1966, se deveu a alguns fatores: a entrada da Honda na Fórmula 1, a construção do primeiro carro de fórmula japonês e o maior interesse pelas competições com esse tipo de carro. O primeiro foi o Colt F3A (foto), com chassi inédito de aço, tubular, e motor de 997 cm3, comando no cabeçote, dois carburadores e 90 cv a 8.000 rpm. No GP do Japão daquele ano já vencia, com Osamu Mochizuki, batendo Lotus e Brabham, o que se repetiria na maior parte da temporada.

No ano seguinte, o Colt F2A portava um motor de 1.589 cm3 e 160 cv, o R46. Foi em 1967 que os monopostos se tornaram uma categoria oficial no Japão. Mochizuki e Osamu Masuko ficaram com as duas primeiras posições, na ordem, do GP japonês. Com o Colt F2B, de 1968, surgia o primeiro motor Mitsubishi exclusivo para as pistas, o R39. Com duplo comando e quatro válvulas por cilindro, gerava 220 cv e permitia chegar a 260 km/h. Com quatro unidades no quinto GP do Japão, a dobradinha se repetiu. Entre os competidores estava o de motor rotativo da Mazda. Mais três vitórias do F2B viriam, assim como a primeira participação no exterior, no GP de Macau.

A evolução do projeto em 1969, o F2C, trazia asas na carenagem. No JAF Grand Prix um deles chegou em 3º, posição repetida em Macau, a principal corrida. O Colt F2D de 1970 já trazia o novo motor R39 Mk 2, com 240 cv, para mais de 250 km/h. Seus radiadores nos dois lados do

chassi se tornariam padrão em monopostos de corrida. No JAF GP até Jackie Stewart foi piloto convidado, prova de como crescia a popularidade do evento. Stewart comandou o show em seu Brabham, mas Kuniomi Nagamatsu, da Mitsubishi, chegou em 3º, além de liderar a Classe 1.

O último monoposto original de corrida da Mitsubishi foi o Colt F2000, baseado no chassi do F2D, com melhor aerodinâmica. Seu motor de 1.994 cm3 e 16 válvulas era o primeiro 2,0-litros da marca, com 280 cv e máxima de 290 km/h. No GP do Japão, Nagamatsu e Masuko levaram a platéia ao delírio com 1º e 2º lugares, na ordem — o primeiro GP ganho pela Mitsubishi. Embora o motor R39B tenha continuado a ser fornecido para clientes particulares, a marca decidiu abandonar as pistas no auge, concentrando-se apenas nos ralis. Foi uma grande despedida para a Mitsubishi, que não voltaria a produzir monopostos.

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