Neste ambiente foi criado o V8 americano moderno. Primeiro a GM lançou os V8 das divisões Cadillac e Oldsmobile, em 1949, com alta taxa de compressão (para a época, hoje baixíssima), duas válvulas por cilindro no cabeçote acionadas por varetas e um comando único no vale do "V", como o Ford flat-head, o que selava a configuração básica do V8 americano. Depois veio a Chrysler com seu primeiro Hemi, de 1951, que colocava as válvulas em posições opostas no cabeçote e adotava câmaras de combustão hemisféricas — mas continuava com comando único e acionamento por varetas, como os outros. |
No Corvette 1955, a estréia do V8 de bloco pequeno: um motor leve, compacto e eficiente para a época, com 4,35 litros e até 180 cv |
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Efetivamente, ela fazia um V8 com o trem de válvulas e a câmara de
combustão idênticos aos de um motor com duplo comando no cabeçote, mas
sem a complicação dos comandos adicionais, de seus acionamentos e
mancais no cabeçote. A história posterior deste motor merece outro
artigo, mas vale dizer que, apesar de gloriosa, o Hemi mostrou-se não
mais eficiente para produção em série do que um V8 tradicional, apesar
de mais caro. Ainda assim, teve tanto sucesso em competições e entre
entusiastas que o nome reapareceu há pouco, cercado de tradição e
mito. |
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O baixo peso dos componentes móveis era um dos segredos do pioneiro 265, que podia manter sua rotação máxima de 6.000 rpm por quanto tempo fosse preciso -- uma surpresa para quem só associa os V8 americanos a baixos regimes |
O bem desenhado trem de válvulas (com geniais balancins estampados,
leves, baratos e duráveis) é capaz, para espanto dos que associam os V8
a rotações baixas, sustentar até 6.000 rpm por uma vida inteira. E é
realmente pequeno e leve: enquanto o Cadillac High Compression V8 e o
Chrysler Hemi da mesma época pesavam na casa dos 320 a 340 kg, o novo
Chevrolet estava pelo menos 100 kg abaixo. Também ocupava muito menos
espaço. Para trazer a comparação mais perto dos brasileiros, o
small-block é mais baixo e bem mais curto que o seis-em-linha do
Opala/Omega e pesa um pouco menos que este. Na verdade, o motor é
pequeno o suficiente para caber debaixo do capô de um Chevette sem
maiores cirurgias. |
Em 1957 a cilindrada crescia para 4,65 litros e, na versão com injeção mecânica, o Corvette atingia 1 cv por pol3, uma primazia nos Estados Unidos |
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No
lançamento, o pequeno V8 de 265 pol³ fazia bom uso de sua baixa massa de
componentes moveis e das dimensões superquadradas (diâmetro de 95,2 mm,
curso de 76,2 mm) para debitar 162 cv com carburador de corpo duplo,
ótimo valor para a época de taxa de compressão baixa. As versões
"quentes" pedidas por Duntov vieram não só no Corvette, mas como
opcional para toda a linha. Em 1955 elas recorriam a taxa maior (8:1),
carburador de corpo quádruplo e escapamento de saída dupla, para 180 cv.
Já em 1956 a taxa deste motor subia para 9,25:1, o comando ficava mais
bravo (o primeiro dos famosos "Duntov cams") e adotavam-se dois
carburadores quádruplos para chegar a 225 cv. |
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