O A610 crescia em todos os pontos: 4,41 metros de comprimento, 1,76 m de largura e 1,18 m de altura. Também ganhava peso, chegando a 1.420 kg. Estava bem mais confortável por dentro e com um acabamento à altura da concorrência. Na frente a estatura não era mais problema e atrás também havia mais espaço. A diferença no grupo propulsor era evidente: contava com o motor do Renault 25 TX, só que mais trabalhado. O V6 de 2.975 cm³ tinha 250 cv a 5.750 rpm e 31,6 m.kgf a 4.800 rpm, ajudado pelo turbo Garret T3. Arrancava de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos e atingia a máxima de 265 km/h.

O último Alpine, o A610, era maior e mais confortável e usava faróis escamoteáveis

Os freios a disco e os pneus não paravam de crescer. Na frente contava com a medida 205/45 ZR 16 e atrás com 245/45 ZR 16. Por dentro tinha novo console e painel mais estilizado. Contava de série com ar-condicionado, alarme, direção assistida e ABS. As únicas opções eram os bancos em couro e o rádio/toca-CDs. Apesar de custar 30% a mais que seu antecessor, ainda tinha um preço muito atraente. Seus concorrentes eram o Ferrari 348 TB, o Honda NSX (Acura para os americanos), o Venturi 260, o Porsche 911 Carrera 2 e o Lotus Esprit Turbo SE. Era mais barato que todos eles e mais veloz que os dois últimos. Agora estava bem mais respeitável diante de seus rivais. Continuava a fazer muito sucesso na Alemanha.

Em junho de 1992 era lançada a série especial Magny-Cours. Um ano antes, o grande Nigel Mansell havia vencido o GP da França no circuito de mesmo nome pilotando um Williams-Renault. Vinha em um verde-escuro metálico, exclusivo, sendo que as rodas tinham a mesma cor; por dentro contava com couro de alta qualidade e ótima instrumentação. Tudo muito sofisticado e com placas numeradas, já que o carro só foi comercializado no mercado francês e teve apenas 30 unidades. Um mês depois, novamente a Williams-Renault faria a dobradinha Mansell/Patrese no GP da França.

Mais veloz do que nunca: o motor V6 turbo de 3,0 litros e 250 cv registrava máxima de 265 km/h, maior que a do Porsche 911 Carrera 2

Infelizmente as vendas da série A610 não decolaram e o esportivo teve sua produção encerrada em 1995, mesmo ano do encerramento das atividades da Alpine. Foi considerado um dos últimos GTs franceses, assim como o MVS Venturi. Seis anos depois, surgiram rumores de que o grupo Renault-Nissan pretende ressuscitar a marca, com um esportivo derivado da plataforma do 350Z da marca japonesa. Seus inúmeros aficionados aguardam ansiosos.

Ficha técnica
_ A310 (1971) GTA (1986) A610 Turbo (1992)
MOTOR
Posição e cilindros traseiro,
4 em linha
traseiro, 6 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2 no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 78 x 84 mm 91 x 73 mm 93 x 73 mm
Cilindrada 1.605 cm3 2.849 cm3 2.975 cm3
Taxa de compressão 10,3:1 9,5:1 7,6:1
Potência máxima 127 cv a
6.250 rpm
160 cv a
5.750 rpm
250 cv a
5.750 rpm
Torque máximo 15 m.kgf a
5.000 rpm
23 m.kgf a
3.500 rpm
35,7 m.kgf a
2.900 rpm
Alimentação 2 carburadores de corpo duplo injeção multiponto injeção multiponto, turbocompressor
CÂMBIO
Marchas e tração 5, traseira
FREIOS
Dianteiros a disco ventilado
Traseiros a disco a disco ventilado
Antitravamento (ABS) não sim
SUSPENSÃO
Dianteira e traseira independente, braços sobrepostos
RODAS
Pneus dianteiros 165 HR 13 190/55 VR 365 205/45 ZR 16
Pneus traseiros 185 HR 13 220/55 VR 365 245/45 ZR 16
DIMENSÕES
Comprimento 4,18 m 4,33 m 4,41 m
Entreeixos 2,27 m 2,34 m
Peso 940 kg 1.210 kg 1.420 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 210 km/h 235 km/h 265 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 8,8 s 8,0 s 5,7 s

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