Além de vários estadistas mundo afora, a Cadillac foi por muito
tempo uma das marcas favoritas dos fora-da-lei. O lendário Al
Capone causava temor pelas ruas de Chicago a bordo de um sedã
V16 1930/1931. Teve pelo menos mais um modelo, um sedã da série
90 1940. Ma Barker, outra figura notória do crime, assaltava
bancos com os filhos e dirigia uma limusine V12.
Mas a eventual publicidade negativa era pouca para tanta
aceitação em Hollywood. A emoção do cinema nunca foi tão
fundamental para animar os espíritos quanto durante a Depressão
dos anos 30. Era o auge do star-system, o lançamento e
consagração de estrelas pelos estúdios, do qual um bom número de
fãs do V16 fazia parte. Gary Cooper preferiu um cupê conversível
1938. Um Town Car foi a escolha de Joan Crawford em 1933, assim
como a de Eddie Cantor em 1940. |
Um carro igual ao de Joan, em exposição no Keyaerts Cadillac
Museum, em Langeais, França, é descrito como o que pertenceu a
Marlene Dietrich. A atriz alemã também circulou pela Europa a
bordo de um modelo 1935.
Al Jolson era dono de um Phaeton 1933. O comediante W. C. Fields
colecionava um cupê 1938, um sedã e um conversível de 1939. O
diretor e produtor de clássicos Cecil B. De Mille sabia escolher
carros à altura de seus filmes, como seu Town Car 1930/1931. Já
o jazzista Duke Ellington comprou um Roadster 1931.
O Cadillac V12 também tinha espaço na capital do cinema. James
Cagney, um dos vilões mais populares da época, teve o seu
Special Phaeton 1931. A "vênus platinada" Jean Harlow passeava
em um Town Car 1934. Jack Palance possuiu um sedã 1937 aos 19
anos. |