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Clio: como deixar o 182 para trás

A versão francesa de 2,0 litros do pequeno Renault pode ser
superada com um turbo aplicado ao Hi-Flex 1,6 nacional

Consultoria e simulação: Iran Cartaxo - Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Tenho um Clio 1.6 16V Hi-Flex 2005, cujos pneus troquei por 195/50-15. Gostaria que o carro ficasse mais rápido em acelerações e que não "amarrasse" acima dos 150 km/h. O carro é utilizado principalmente para viagens curtas, em torno de 80 km. Não gostaria de ter que fazer modificações extensas no veículo, por isso prefiro não exagerar na pressão da turbina. Pretendo alcançar 225 km/h e acelerar de 0 a 100 em 6,5 segundos. Há a necessidade de alterações na suspensão? Acho que a mesma original já é bastante estável e firme. O BCWS é o mais completo site da área automobilística no Brasil, sempre com novidades, muita técnica e interatividade.

Marcelo Denardi
São Paulo, SP - marcelo-hd@uol.com.br

Com o contínuo crescimento da participação dos motores flexíveis em combustível no mercado, o preparador que não se adaptar a essa tecnologia logo terá seu campo de trabalho reduzido. A Renault é o quinto fabricante a oferecer carros que rodem com gasolina ou álcool, mas seu Clio Hi-Flex já desperta o interesse de quem gosta de "algo mais", em que pese o bom desempenho do motor de 115 cv (com álcool).

Flexibilidade à parte, o motor de 1,6 litro e 16 válvulas da marca francesa é uma boa base para preparação: oferece uma arquitetura moderna, com duplo comando e quatro válvulas por cilindro, e sua taxa de compressão relativamente baixa para os padrões atuais (9,7:1) facilita o uso de turbocompressor. E é este meio de superalimentação o recurso que o Consultório sugere ao leitor, por atender de forma ideal a suas expectativas.

Idealizamos duas receitas para o Hi-Flex:

Preparação 1 (em roxo):
Turbocompressor com pressão máxima de 0,3 kg/cm² e resfriador de ar. Com essa receita pode-se usar gasolina se desejado (a simulação considera o uso desse combustível). O resfriador permite obter 12 cv a mais do que sem ele, mesmo a esta baixa pressão, sendo por isso um item recomendado, mas não indispensável.

Preparação 2 (em verde):
Turbo a 0,7 kg/cm² com resfriador. Com essa receita deve-se usar o álcool como combustível, pois a gasolina pode levar a detonação. No caso, embora se perca a principal característica do motor flexível, a opção pela versão Hi-Flex ainda se justifica, pois o carro sai de fábrica preparado para rodar com álcool, da proteção anticorrosiva ao sistema de partida a frio. Portanto, nada de adaptações e de riscos relacionados ao uso de um combustível não-original.

Veja a seguir os resultados da simulação de cada receita, ao lado do modelo original (em azul). A coluna em vermelho corresponde à segunda preparação acrescida de modificação na relação final do câmbio, de que trataremos adiante. Continua

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Data de publicação: 19/3/05

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