Basicamente,
o que o chip faz é alterar o controle da pressão do turbo, fazendo a
válvula de alívio, que é controlada eletronicamente, abrir somente
quando a pressão maior for atingida. O chip também tem as curvas de
alimentação e ignição alteradas para prover o combustível
necessário à nova pressão e evitar detonação.
Para alcançar uma potência de 350 cv, encontrada em muitos chips, é
preciso que a pressão máxima original de 1,4 kg/cm² seja
elevada para 1,65 kg/cm². Para chegar aos 365 cv, encontrados em chips
mais fortes, a pressão máxima será 1,75 kg/cm². E finalmente, para
chegar aos 380 cv clamados por alguns poucos chips, a pressão deverá
ser de
1,85 kg/cm².
A elevação de pressão em relação à original não é tão grande e
o carro já dispõe de taxa de compressão um pouco baixa, 9,3:1 -- mas
não é tão baixa se considerarmos a pressão absoluta a que o motor
está sendo submetido, mesmo original. Sendo assim, a detonação
será
o maior risco, em especial se o carro for rodar em regiões
litorâneas e quentes. Neste caso pode ser preciso aliviar o
pé e mantê-lo assim até que cessem as condições críticas,
sobretudo se o chip for um dos mais fortes e não adequado à
gasolina nacional.
Simulamos a condição original e as três preparações, sem
considerar qualquer outra alteração, exceto o chip reprogramado para
1,65 kg/cm², 1,75 kg/cm² e 1,85 kg/cm². Observe os resultados esperados:
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