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por Iran Cartaxo

Mitsubishi Eclipse: nitro e mais pressão no turbo


Gostaria de saber o que pode ser feito no Eclipse GST 1995 para melhorar sua performance. Quanto posso colocar a mais de pressão no turbo? A troca do filtro de ar melhora?

Roger Ambrosio
globop@uol.com.br
São Paulo, SP


Para envenenar um carro como o Eclipse GST é preciso encontrar um preparador com experiência e disposição de fazê-lo. A preparação de um carro deste tipo sempre é cara, pode exigir a importação de peças e requer muita capacidade para que evitar que uma pequena imprudência resulte num prejuízo de milhares de reais.

A receita mais barata e mais simples, mas que traz os maiores incômodos ao motorista, é a adaptação de um kit de óxido nitroso. O kit completo instalado para o Eclipse sai por volta de R$ 1.500, mas tem os inconvenientes da pequena autonomia do cilindro de gás e da cara recarga do mesmo. Existe também o maior desgaste a que o nitro submete o motor, quando comparado a uma preparação equivalente de outra natureza.

As curvas de potência (as mais altas) e de torque estimadas para o Eclipse GST original (em azul), com pressão de 1,3 kg/cm2 (em rosa), com óxido nitroso (em verde) e com pressão de 1,6 kg/cm2 (em vermelho)

Como o Eclipse GST já é equipado com turbocompressor, uma opção relativamente simples é o aumento da pressão de operação do sistema. Com o remapeamento da central de injeção, e contando com a taxa de compressão já baixa deste motor, pode-se chegar a 1,3 kg/cm² de pressão sem riscos, desde que o remapeamento seja bem-feito. É possível utilizar pressões maiores, mas deve-se então reduzir a taxa para evitar a detonação.

Simulamos a adaptação do kit nitro de 70 cv; o aumento da pressão do turbo para 1,3 kg/cm², com o devido remapeamento; e o aumento da pressão do turbo para 1,6 kg/cm², com redução da taxa de compressão em 0,5 ponto e também o devido remapeamento. Confira o desempenho estimado:
  Original 1,3 kg/cm² Óxido nitroso 1,6 kg/cm²
Potência máxima 213 cv 248 cv 273 cv 278 cv
Rotação de potência máxima 6000 rpm 6000 rpm 6000 rpm 5950 rpm
Velocidade máxima 221 km/h 232 km/h 240 km/h 242 km/h
Rotação à velocidade máxima 5.700 rpm 6.000 rpm 6.200 rpm 6.250 rpm
Aceleração de 0 a 100 km/h 7,0 s 6,0 s 5,5 s 5,4 s
Torque máximo 29,6 m.kgf 34,5 m.kgf 37,7 m.kgf 38,6 m.kgf
Rotação de torque máximo 3000 rpm 3000 rpm 3000 rpm 3000 rpm
Aceleração longitudinal no interior do veículo 0,88 g 1,03 g 1,13 g 1,15 g
A margem de erro é de 5% (para cima ou para baixo), considerando-se instalação bem-feita. Calculamos a aceleração de 0 a 100 km/h e a aceleração longitudinal máxima (sentida no interior do automóvel) a partir da eficiência de transmissão de potência ao solo do carro original. Para atingir os resultados estimados pode ser necessária a recalibragem da suspensão, reforços no monobloco e/ou o emprego de pneus mais largos. A velocidade máxima estimada só será atingida com o ajuste recomendado da relação final de transmissão. Os resultados de velocidade são para velocidade real, sem considerar eventual erro do velocímetro. A rotação à velocidade máxima é calculada considerando a relação atual de transmissão.
Algoritmo de simulação de preparação de motores desenvolvido pelo consultor
Iran Cartaxo, de Brasília, DF.
A simples troca do filtro de ar não surte efeito no desempenho (clique aqui para saber mais) e ainda sujeita o motor a um risco maior de absorção de impurezas. Modificações no câmbio não são necessárias com as preparações sugeridas, pois a relação do Eclipse original é longa para um esportivo e se torna mais exata com o aumento de potência.

Com estes venenos de baixo custo o cupê da Mitsubishi, já um carro bastante potente, pode deixar bem para trás um Chevrolet Calibra -- a não ser que este também esteja preparado, como simulamos em outra consulta (
clique aqui para ler).

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