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C4 Pallas: único a manter a frente do hatch original, impõe-se pelas dimensões, mas o desenho perdeu atrativos em três anos de mercado

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408: mais inspirado na frente que na traseira, mostra clara evolução sobre o antigo 307 sedã e detalhes criativos como os vincos laterais

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Fluence: moderno como o 408, evolui o tema do antecessor Mégane e adota uma traseira elegante, enquanto a frente tem dividido opiniões

Concepção e estilo

A origem dos três modelos está em hatchbacks franceses: o C4 de primeira geração (apresentado em 2004 e já substituído por lá) para o Pallas, o Mégane de terceira geração (2008) para o Fluence e o 308 (2007) para o 408. No entanto, apenas o Citroën manteve inalterado o desenho do hatch original até as portas dianteiras: os outros ganharam frente própria, para obter harmonia com a maior distância entre eixos e a traseira alongada dos sedãs de três volumes.

Tanto no C4 Pallas, que apareceu como C-Triomphe em 2007, quanto no 408, que surgiu já com esse nome em 2010, a China foi o país escolhido para a estreia, pois aquele mercado tem ampla aceitação a sedãs compridos, mas não muito largos — é comum que carros de várias marcas, até os de prestígio, ganhem versões alongadas para os chineses. No caso do Fluence, lançado em 2009 na Europa para atender sobretudo a mercados do leste do continente, as linhas foram antecipadas pelo SM3 da Renault-Samsung sul-coreana.

De diferentes maneiras, os três impressionam bem, mas os desenhos dos modelos mais novos mostra superioridade. No 408 destacam-se a imponência da frente, as linhas ascendentes rumo à traseira e os vincos intensos nas laterais; já quando visto por trás parece algo tímido — apesar da solução das duas saídas de escapamento, na verdade falsas. O Fluence é mais suave, com traços menos marcantes, e tem pontos altos como a curva dos para-lamas dianteiros e as elegantes lanternas traseiras; por outro lado, o desenho da grade não agrada tanto. No C4, apesar da imponência de linhas, o estilo já mostra sinais de cansaço após quatro anos de mercado.

O melhor coeficiente aerodinâmico (Cx) declarado é o do Peugeot: 0,308, ante 0,334 do Renault, que está longe da fluidez sugerida por seu nome quando o assunto é deslocamento do ar. O do Citroën, não divulgado, deve estar bem próximo do obtido pelo hatch da linha (0,31 com pneus largos). Ao se considerar esses Cx e a área frontal estimada, o melhor resultado é o do Pallas (0,77), seguido por 408 (0,79) e Fluence (0,82).

Conforto e conveniência

O desenho interno mais ousado é, curiosamente, o do modelo mais antigo dos três, o C4 Pallas. Seu painel usa mostradores digitais e o volante tem o peculiar cubo central fixo, que aloja comandos de todo tipo e mantém a bolsa inflável sempre na mesma posição de disparo, permitindo ao fabricante desenhá-la mais quadrada. Fluence e 408 são tradicionais em termos de aparência, mas impressionam bem pelo aspecto e pela combinação de tons no acabamento.

Os materiais usados pela Citroën e a Peugeot, sobretudo os plásticos, mostram bom aspecto e são agradáveis ao tato, embora no 408 haja contraste entre a maciez do painel e a relativa aspereza dos forros de porta. Nesse quesito o Renault decepciona com os plásticos rígidos — ainda que de boa aparência —, falha do antecessor Mégane que não foi devidamente sanada. Já o revestimento dos bancos, portas e volante em couro dá aos três um aspecto requintado. Algo discutível no 408 o uso de cobertura esportiva nos pedais, que a nosso ver destoa da proposta do modelo.

O motorista encontra, nos três, um banco bem desenhado, pedais bem colocados, apoio correto para o pé esquerdo e boas regulagens de banco e volante (em altura e distância). Pallas e 408 contam com ajuste elétrico do banco do condutor, que inclui a inclinação do assento, não ajustável no Fluence nem por sistema manual; exclusivo do Citroën é a regulagem — também elétrica — de apoio lombar. No Peugeot a firmeza da espuma dos bancos faz esperar desconforto, mas um percurso longo mostra o contrário, sinal de conformação bem estudada. Para o passageiro ao lado, a reclinação do encosto é por botão giratório no Renault e por alavanca nos demais.

Os mostradores digitais do Pallas, agora todos na mesma tela (até a linha 2009 o conta-giros vinha sobre a coluna de direção), são de fácil leitura e tornam mais prático o controle da velocidade. Nos oponentes, os instrumentos analógicos e com iluminação branca também são fáceis de ler e bem organizados. Os do 408 usam uma grafia clássica e fundo claro que se ilumina à noite, em um conjunto a nosso ver de muito bom gosto. Computador de bordo equipa os três e inclui indicação de consumo em km/l, mas o Fluence não tem a segunda medição que os concorrentes trazem.

Todos vêm de série com rádio/toca-CDs que lê MP3 e pode ser comandado por botões próximos do volante. O sistema do Renault nos pareceu de qualidade superior, sobretudo em sons graves, mas é pobre em informações sobre as músicas. Conexões auxiliar e USB estão nos três, assim como interface Bluetooth. Também em comum vem o ar-condicionado com controle automático, duas zonas de ajuste e extensão para o banco traseiro. Favorece o Citroën o ventilador no console que impulsiona ar quente, natural ou refrigerado para tais ocupantes; ele e o Peugeot resfriam também o porta-luvas. Continua

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