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A 307 SW tem desenho atual e frente imponente, mas a altura do teto a meio caminho entre perua e minivan divide opiniões

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As formas angulosas da Mégane Grand Tour têm aprovação da maioria, ainda que a frente da original francesa já tenha sido alterada

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Nossa Fielder é a única no mundo com a frente do Corolla americano; o estilo ainda agradável já mostra sinais de envelhecimento

 

Concepção e estilo

As três são contemporâneas nos mercados de origem. A geração atual da Fielder, que se baseia na nona do Corolla, foi lançada em 2001 na Europa e no Japão e passou a ser fabricada no Brasil três anos mais tarde. A nossa é a única no mundo com este desenho frontal, usado no sedã apenas em países — como EUA e Tailândia — onde a perua não está disponível. Também em 2001 a Peugeot apresentava o 307 hatch, que deu origem à SW no ano seguinte; em 2003 ela passava a ser importada da França.

A 307 está sendo substituída na Europa (pela 308 SW) e o mesmo deve acontecer logo com a Fielder, seguindo os passos do sedã — no mercado japonês já existe uma nova, mas diferente da futura européia. A segunda geração do Mégane, por sua vez, estreou aos europeus em 2002 como hatch e um ano depois como sedã e perua. Estes dois são produzidos aqui desde 2006, mas ainda não passaram pela leve atualização de desenho feita no país de origem.

Apesar de pertencerem a uma mesma época, elas recorrem a soluções diferentes de desenho. A Fielder é a mais sóbria, com perfil baixo e linhas arredondadas que perderam o atrativo de modernidade, mas ainda agradam. A 307 SW combina ousadia na frente, com enorme tomada de ar e faróis alongados, a um conjunto discreto — e que causa alguma estranheza pela altura do teto, a meio caminho entre perua e minivan. É da Mégane o desenho mais moderno, com ângulos e arestas que formam um aspecto típico dos projetos recentes. Em nossa opinião é a mais bonita das três, mas as pessoas que ouvimos aprovam a Fielder na mesma medida, com certa rejeição à 307.

A melhor aerodinâmica é a da Toyota, com coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,31 e área frontal estimada de 2,42 m², que multiplicados (Cx x A) resultam em 0,75. A Peugeot tem Cx 0,33 e área estimada de 2,49 m², o que dá 0,82. A Renault não informa o Cx, mas a estimativa de 0,32 e os estimados 2,42 m² resultam no valor intermediário de 0,77.

Conforto e conveniência

O ambiente interno das três é equivalente em termos de desenho: atual, mas sem impressionar pelas formas, apesar de certa inspiração percebida em alguns comandos e no quadro de instrumentos da Mégane. Esta usa revestimento aveludado e luxuoso nos bancos, enquanto a 307 Allure prefere um tecido mais áspero, de aspecto simples, e a Fielder SE-G vem em couro — cinza, de muito bom gosto a nosso ver. Quanto aos materiais plásticos, porém, é a Grand Tour que decepciona, estando as demais em muito bom padrão.

O motorista conta com banco bastante confortável em todas, mas a posição de dirigir na Fielder é algo limitada pelo volante um tanto à frente e sem ajuste em distância. Mesmo sem oferecer esta regulagem presente nas demais, a Toyota poderia tê-lo colocado mais próximo do condutor. Agrada na 307 a amplitude do ajuste em altura, de modo a permitir escolha entre posição bem alta ou bem baixa. Ponto polêmico nas três é a reclinação do banco por alavanca em pontos pré-definidos (na Fielder há um sistema de catraca; nas demais libera-se a trava com a alavanca e pára-se no ponto desejado).

Os painéis equivalem-se em informações: incluem conta-giros, indicador de temperatura externa e computador de bordo, que na 307 indica consumo no padrão europeu (litros/100 km) em vez do nosso (km/l). Ela e a Grand Tour indicam o nível de óleo ao dar partida ao motor. A iluminação dos instrumentos da Fielder é sofisticada, em um branco que aparece apenas com a ignição ligada, pois a lente do quadro é escura. Nas demais usa tom laranja, também adequado à leitura.

Renault e Peugeot usam controle elétrico dos vidros com função um-toque e sensor antiesmagamento em todos, além de temporizador no caso da 307. Na Toyota apenas o vidro do motorista tem um-toque e faltam os demais recursos, o que é inaceitável por seu preço superior. Os botões ficam sempre nas portas, posição que julgamos ideal. Grand Tour e 307 SW permitem fechar os vidros ao travar o carro pelo comando a distância, mas só a Mégane traz limitador de velocidade, enquanto o controlador de cruzeiro equipa tanto ela quanto a Fielder.

Um item que agrada na 307 SW é o teto com ampla área envidraçada. Apesar de não abrir — solução mais adequada ao frio europeu que a nosso calor —, permite iluminar o ambiente interno e curtir o sol em dias de temperatura amena, no que ajuda o tom escurecido do vidro. O forro interno tem comando elétrico do tipo um-toque e não rouba espaço dos passageiros para ser enrolado (ao contrário, por exemplo, do amplo teto solar do Fiat Stilo). Continua

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