


O Stilo é maior em todas as
medidas e nitidamente mais alto; com formas angulosas, consegue um
aspecto robusto, mas a traseira não agrada a todos



Já são oito anos no Brasil
sem alterações de desenho, que virão em breve, mas o perfil mais baixo e
as formas arredondadas do Golf ainda têm apreciadores |
Concepção e
estilo
O Stilo é bem mais
recente, tanto no Brasil quanto em termos mundiais. Seu lançamento
europeu, em substituição ao Brava, deu-se em março de 2001; um ano e
meio depois estava no mercado nacional. Há pouco foi revelado seu
sucessor, o Bravo. O Golf de quarta
geração (a primeira surgiu em 1974;
leia história) surgiu em setembro de 1997 e levou apenas um ano para
sair da fábrica de São José dos Pinhais, PR. Uma agilidade que pertence
ao passado da VW, pois a quinta geração foi lançada na Europa em 2003 e
não tem previsão de ser produzida aqui. Em seu lugar haverá em 2007 uma
reestilização com base no modelo atual.
Embora o peso da idade se faça sentir, o estilo do Golf ainda agrada e
tem adeptos. Seu perfil mais baixo dá um ar mais esportivo que o do
Stilo, que é um tanto alto (oito centímetros a mais). O VW recorre a
formas mais arredondadas, ante as angulosas do Fiat, cuja linha de
cintura bem definida é um meio de transmitir solidez.
O Stilo é maior também nas demais dimensões: 10 cm em comprimento, 3 cm
em largura, 8,5 cm em entreeixos. Seu
coeficiente aerodinâmico (Cx) é próximo ao do Golf (0,315 ante
0,31), mas a maior área frontal (estimados 7% a mais) prejudica o valor
final, que é o que importa.
Conforto
e conveniência
O interior do Golf
impressiona bem, com painel e portas bem desenhados e materiais
plásticos de boa qualidade, bastante superiores aos do Stilo em aspecto.
Ambos têm revestimento em couro opcional, com o que transmitem certo
requinte. O Flash traz
detalhes que simulam aço escovado, a nosso ver de muito bom gosto e que
fogem da mesmice do cinza-claro.
O Fiat avaliado chegava a ter ajuste elétrico dos bancos dianteiros, que
inclui a altura de ambos e três posições de memória no do motorista. À
parte essa conveniência, o motorista senta-se bem, mas ainda briga um
pouco com o encosto que não acompanha a regulagem de altura do assento.
Convencional nos ajustes, o VW oferece regulagem de altura ao motorista
e, como o oponente, volante de três raios ajustável em altura e
profundidade. Os dois têm um bom apoio para o pé esquerdo — típico de
carros alemães, o que um deles não é.
O painel do Stilo vem com computador de bordo (com duas medições de
consumo e velocidade médios) e instrumentos com fundo prata
eletroluminescente, que escurece à noite. A iluminação em laranja
oferece então boa visualização, o que não acontece com as luzes azuis e
vermelhas do Golf, de baixo contraste com o fundo escuro. Os dois estão
bem-servidos de controle elétrico dos vidros, pois há
função um-toque com sensor
antiesmagamento (só nos dianteiros, no
Golf) e temporizador. O Fiat permite
abrir e fechar os vidros e o teto solar pelo controle remoto, mais
conveniente que o comando similar do VW, ativado pela fechadura da
porta.
O
teto do Stilo é algo especial, com suas cinco lâminas de vidro que
cobrem ampla área e podem parar em diferentes pontos. Pena que, para
armazenar seu forro (também de controle elétrico) na parte traseira, o
teto tenha ficado baixo a ponto de prejudicar bastante a acomodação de
quem viaja atrás. No Golf, com seu teto de dimensões normais, o forro
sobe antes desse ponto e não há prejuízo ao espaço.
Ambos oferecem rádio/toca-CDs que lê MP3,
mas o do Fiat tem maior tamanho, posição bem mais elevada e de fácil
leitura e comandos mais amplos e fáceis de usar. Traz ainda a opção de
uma caixa dutada com subwoofer na
lateral esquerda do compartimento de bagagem, que reforça os graves e o
deixa bem superior nesse aspecto.
Continua
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