


Civic: ousadia no painel em
dois níveis, ótima leitura dos instrumentos em vermelho e branco,
conta-giros graduado até 9.000 rpm e porta-malas para 340 litros



Golf: novos instrumentos em
branco com problema de iluminação, volante com base achatada, computador
de bordo e espaço de bagagem pouco menor, 330 litros |
Os
instrumentos do Golf agora vêm com fundo claro, do tipo que escurece sob
baixa luz ambiente, e são iluminados em branco em vez do antigo azul com
vermelho. O aspecto agrada, mas há um problema: os mostradores do
computador de bordo e do hodômetro, também brancos, incomodam à noite.
E, se o motorista reduz sua intensidade, compromete a leitura do
ar-condicionado e do rádio, que parecem ter sido esquecidos com sua luz
azul. Além disso, o velocímetro graduado até 260 km/h pode surpreender
ao passar de 100, pois a escala dos traços muda de 5 para 10
km/h.
Nada disso acontece no Si, que ganhou instrumentos e comandos em
vermelho e branco (azul e branco nos demais Civics) e mantém a perfeita
leitura do velocímetro digital sob qualquer condição. Mas não traz
computador de bordo, que no GTI deveria indicar também autonomia
restante. Se o Honda perdeu o mostrador de consumo médio do EXS, recebeu
uma charmosa (e útil) luz vermelha de aviso para troca de marcha em uso
vigoroso, que se acende a 7.400 rpm e pisca a partir de 8.000 rpm.
O Golf traz opção de teto solar com comando elétrico, falta imperdoável
no Civic. Este responde com o rádio/toca-CDs que, além da boa qualidade
de áudio e de tocar MP3 como o do rival,
armazena seis discos no próprio aparelho. O GTI volta a se destacar pelo
controle elétrico dos vidros: estende a
função um-toque ao do passageiro da frente e inclui abertura e
fechamento comandados pela fechadura da porta do motorista (seria melhor
pelo controle remoto). O teto solar também fecha dessa forma, mas não
abre.
Os dois carros vêm com controle automático de temperatura do
ar-condicionado (com comandos baixos demais no GTI), alarme com proteção
por ultra-som, controlador de velocidade,
pára-sóis com espelhos iluminados, pára-brisa com faixa degradê,
indicador de temperatura externa, aviso genérico para porta mal fechada
e comando interno do bocal de abastecimento (e do porta-malas no Civic,
sendo o do Golf aberto na própria maçaneta).
O VW acrescenta sensor auxiliar de
estacionamento traseiro, porta-óculos no teto, dois porta-copos
escamoteáveis no painel, retrovisor interno
fotocrômico, aquecimento nos bancos dianteiros, capô com lingüeta
para a trava de segurança e mola a gás para se manter aberto, luzes de
cortesia nas portas dianteiras, porta-luvas com fechadura e ajuste do
intervalo do limpador de pára-brisa. O que ele não tem, mas o Honda sim,
são o destravamento da porta do motorista em separado das demais, o
apoio de braço central traseiro com porta-copos (o apoio dianteiro
equipa os dois modelos) e os comandos no volante para áudio e
controlador de velocidade.
O formato das carrocerias antecipa o que se terá em acomodação dos
passageiros. Com teto mais alongado, o Golf oferece maior altura útil no
banco traseiro, mas perde por boa margem em largura interna e espaço
para as pernas de quem viaja atrás, onde o entreeixos 18 cm mais longo
do Civic é decisivo. O encosto deste, porém, incomoda mais o ocupante
central.
Para surpresa geral, o formato de sedã do Si pouco ajuda na capacidade
de bagagem: 340 litros, apenas 10 a mais que no GTI, que tem a vantagem
do amplo acesso pela quinta porta. O banco traseiro é bipartido 60/40
nos dois carros, mas só a Honda usa um estepe idêntico aos demais (tanto
pneu quanto roda de alumínio), o que permite seguir viagem normalmente e
até usá-los como reposição. No Golf, a roda sobressalente é de aço e há
uma curiosidade: o pneu em medida 205/55-16 tem
código de velocidade V, superior
ao H dos outros, que são 225/45-17.
Continua
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