


O painel da Idea lembra o do
Palio e tem mostradores bem legíveis com fundo eletroluminescente; o
espaço para bagagem, 380 litros, é modesto para a categoria



Na SpaceFox incomodam os
instrumentos diminutos, em especial o conta-giros; seu compartimento de
carga leva 430 litros, que chegam a 527 com banco avançado |
A
Idea brasileira ganhou um painel semelhante ao da linha Palio (na
italiana é digital e montado no centro, ao estilo da Citroën Picasso),
com instrumentos bem legíveis, fundo
eletroluminescente nos principais, computador de bordo e
configuração de funções. Muito
superior ao modesto conjunto da SpaceFox, cujo minúsculo conta-giros
parece um mostrador de temperatura — que ela, aliás, não tem. Até na
iluminação a Fiat agrada mais, com um tom laranja em vez do branco da VW.
Se as duas podem ter rádio/toca-CDs com função
MP3, a Idea oferece qualidade de áudio
bem superior (até com amplificador no compartimento de bagagem) e um
aparelho grande e bem visível no alto do painel, ante o pequeno e baixo
da Space. Para compensar, esta pode trazer comandos no volante. O controle elétrico dos
vidros é correto em ambas: botões nas quatro portas com
função um-toque (apenas nos dianteiros
na VW), sensor antiesmagamento,
temporizador e fechamento automático
pelo controle remoto. As duas têm faixa degradê no pára-brisa, luzes de
leitura dianteiras e traseiras e alarme com proteção por ultra-som
(opcional na Fiat).
Detalhes que favorecem a Idea: console de teto com porta-objetos,
espelho convexo acima do retrovisor
interno (ideal para monitorar as crianças no banco traseiro), comando
interno da tampa do tanque (há também o da quinta porta, que a Space
dispensa por ter o botão externo), alerta programável para excesso de
velocidade, mesinha atrás do encosto dianteiro direito, aviso individual
para portas mal fechadas, mostrador da temperatura externa, sistema
viva-voz para celular com tecnologia Bluetooth e
sensor auxiliar de estacionamento,
além de três opcionais de luxo: faróis e limpador de pára-brisa
automáticos e retrovisor interno
fotocrômico. Também está disponível um teto envidraçado de grandes
dimensões, com uma área móvel à frente e outra fixa atrás. Nesse caso,
porém, perde-se o espelho convexo.
A favor da SpaceFox, além do que foi comentado, há apenas a abertura dos
vidros por fora pela fechadura do motorista, conveniente ao chegar ao
carro exposto ao sol por horas. Nota-se nela um problema de ergonomia
incomum, mas conhecido do hatch e fácil de corrigir pelo fabricante: a
posição do cilindro onde se insere a chave para partida exige torcer a
mão.
A maior altura da Idea traz espaço de sobra para a cabeça, superior ao
da SpaceFox por certa margem (embora a marca destaque esse atributo na
linha Fox, na prática os assentos altos os deixam pouco mais amplos
nesse aspecto que a maioria dos carros de teto "normal"). As duas
acomodam bem as pernas no banco traseiro, que na VW pode ter ajuste
longitudinal, mas não são muito largas, trazendo desconforto a três
passageiros que não sejam magros. O quinto ocupante tem relativo
conforto em ambas.
A Space é bem superior em capacidade de bagagem: 430 litros com o banco
traseiro em posição normal, podendo chegar a 527
l com ele no estágio mais
avançado (nessa condição, porém, não sobra espaço para as pernas dos passageiros). A Idea fica
com volume de 380 litros, modesto para um carro familiar. Onde nenhuma é
adequada, mas a VW se sai ainda pior, é na base de acesso bem mais alta
que o assoalho, o que exige se erguer a bagagem para colocação e
retirada. A veterana Palio Weekend continua imbatível nesse aspecto. Nas duas o estepe tem roda de aço, com pneu igual aos demais,
e fica por dentro sob o assoalho; o banco traseiro é rebatível e
bipartido.
Continua
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