




Todos são simples no acabamento,
mas os painéis mais modernos do C3,
Palio e 206 (da segunda à quarta foto) agradam mais que o espartano do
Corsa (no alto) e o já antigo do Clio (embaixo) |
A Citroën adota velocímetro digital e blocos de luzes de visual interessante e que não
prejudicam a leitura, embora haja quem prefira os analógicos. A
iluminação é alaranjada no Palio, Clio e 206 e amarelada no Corsa, de
aspecto pobre — ainda assim, preferível ao fundo branco
da versão Premium 1,8.
O controle elétrico dos vidros fica nas portas do Clio, Corsa (só
dianteiros) e Palio e no console central do C3 e do 206 — nestes o dos
traseiros está em local infeliz. Função
um-toque vem no C3 (dianteiros somente), Corsa e Palio, além do
vidro do motorista do 206; e só no Clio falta
temporizador desses comandos. No Corsa
e no C3 os vidros fecham-se ao trancar o carro, o que só acontecia com
os dianteiros no Citroën avaliado.
Em todos há trava central das portas
e seu travamento automático ao rodar, mas só 206 e C3 têm ajuste
elétrico dos retrovisores; falta ao Palio o comando a distância das
travas.
A porta do motorista do Clio destrava-se em separado, por fora,
medida de segurança. No Corsa já foi assim em toda a linha, mas a GM "depenou-o"
da central
elétrica integrada, mantida só no Premium 1,8 com freios ABS.
Com isso, perderam-se também o ajuste automático do
intervalo do limpador de pára-brisa, limpador traseiro que ligava ao dar
marcha à ré, temporizador e botão para apagar a
luz interna, sensor de inclinação do alarme (para detectar furto com o
reboque do carro) e comutador de farol só de
empurrar. Irônico é que sua publicidade, em 2002, o chamava de
superdotado justamente por essa central elétrica...
Alarme com ultra-som equipava o Corsa e o C3 avaliados. Dos sistemas de
áudio, destaque para o Palio pela função
MP3 e à dupla C3/206 pelos comandos junto ao volante; GM, Peugeot e Renault
não instalam de fábrica o aparelho. O 206 tem sensores que acionam
faróis e limpadores (opcionais no Palio) e controle
automático do ar-condicionado; Palio e C3 vêm com alerta para
excesso de velocidade; o Corsa é o único a não indicar porta mal
fechada. O comutador de farol das três marcas francesas é ideal,
pois basta puxar a alavanca e nunca acende já em facho
alto. Corsa e Palio têm comando interno para o bocal do tanque, e o
segundo, ajuste do intervalo do limpador.
Merecem reestudo o comando de buzina de 206 e C3, que
impede um toque breve; a ausência de faixa degradê no pára-brisa desses
modelos; o apoio lombar no Citroën, em posição baixa;
o espaço para objetos no Clio e no C3; e os difusores de ar baixos
demais no Palio, que dificultam resfriar a parte superior da cabine (o que se arrasta há 10 anos). Impressiona mal no Citroën
a pintura falha no cofre do motor e sob o capô, que vêm claros até no
carro preto.
Há equilíbrio em espaço, com ressalvas: Clio e C3 têm o teto mais baixo na
traseira; o Citroën usa um encosto mais vertical e assento muito
curto, que deixa as coxas mal apoiadas. Em largura todos são limitados,
como se espera nesta categoria, mas a acomodação do ocupante central é
boa. O maior compartimento de bagagem é o do C3 (305 litros), ante
290 do Palio, 260 do Corsa, 255 do Clio e 245 litros do 206. Este
é o único com montagem externa do estepe, que facilita seu uso com o
carro carregado, mas dificulta a calibragem e o acesso ao pneu
(cuja roda é de aço, um padrão no grupo). Corsa, C3 e 206 têm o banco
traseiro bipartido.
Continua
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