Custo-benefício   Vendidos a preços muito próximos, os dois carros oferecem bom padrão de desempenho, conforto e segurança a um valor inferior ao da maioria dos concorrentes (Passat, Mondeo, Volvo S60 e, com porte maior, Omega).

O Accord de R$ 82,5 mil traz de série itens como revestimento em couro, ajuste elétrico do banco do motorista, teto solar, rodas de alumínio e controle automático de velocidade, que aplicados ao C5 -- exceto este último, indisponível -- elevam seu preço a R$ 86,8 mil. É ainda um valor competitivo com o oponente, considerados os itens adicionais do carro francês.

O que desequilibra a balança é o conjunto de qualidades que o Citroën oferece a mais -- bolsas infláveis laterais e cortinas, câmbio com operação manual e a sofisticada suspensão são os mais significativos. Ao lado deles, o desenho moderno e a perspectiva de se manter por alguns anos no mercado, enquanto a atual geração do Honda está se despedindo; a nova é aguardada para o início do próximo ano. 

Esse Accord reformulado (pena que seja o modelo para americanos, não o de europeus e japoneses, que é muito mais bonito) será com certeza um concorrente à altura do C5 e de outros sedãs recentes no segmento. Mas é inevitável que seu preço represente a cotação do dólar da época da importação, impondo um aumento substancial sobre o valor atual, baseado na cotação de mais de um ano atrás. E a Citroën vem driblando muito bem as oscilações da moeda.

Portanto, não é com o próximo Accord que o C5 vai competir em preço, mas com o modelo antigo. E, neste caso, os franceses saem em boa vantagem sobre os japoneses. Continua