No Ford merecem menção os práticos difusores de ar, emprestados do Ka; os vãos que
retêm as fivelas dos cintos traseiros quando fora de uso, evitando ruídos; e o espaço para objetos, o maior do grupo --
e ponto crítico do Clio. O Fiesta é claramente mais simples: o único sem temporizador da luz de cortesia (com apagamento gradual nos outros três), controle da iluminação do painel, abertura direta do porta-malas (como alternativa, deveria ter controle elétrico interno, como na geração
anterior) e luzes de leitura. Como o Clio, não tem faixa degradê no pára-brisa nem abertura da tampa de abastecimento conjugada à trava central das portas. |
Controle de
áudio junto ao volante e indicação do nível de óleo no painel
simplificam a vida no Clio. Em compensação, a falta de espaço para
objetos e a posição dos controles dos vidros... |
Mais que isso, o Ford fabricado em Camaçari, BA surpreende pela baixa qualidade de fabricação. Por fora, frestas grandes e irregulares entre os painéis metálicos; por dentro, alguns comandos aparentando fragilidade (como os de ventilação e o de destravamento do capô) e revestimento de carpete apenas (mal) encaixado no porta-malas. O triângulo vem revestido e preso ao carpete do assoalho com velcro, mas o próprio carpete fica em uma placa de madeira solta, que pula em lombadas e leva junto o triângulo, fazendo barulho. |
O Fiesta também é superior em capacidade de bagagem: 305 litros, a maior
do segmento, contra 270 do Polo, 260 do Corsa e 255 do Clio. Todos trazem o estepe sob o assoalho, por dentro, inclusive o Ford e o Renault, que o deixavam de fora nas gerações anteriores (em nenhum o estepe tem roda de alumínio). Banco bipartido equipa os quatro, mas com assento inteiriço no Fiesta e Corsa, o que reduz a versatilidade. Detalhe adicional do Polo é a fechadura elétrica do porta-malas: um leve puxão e ela se destrava, sem esforço. |
Em função da
maior cilindrada, o motor 1,8 do Corsa responde bem em baixa rotação
e permitiu um câmbio mais longo. Mas sua aspereza de funcionamento
chama a atenção até de quem não conhece automóvel |
O Supercharger é original e inédito: nunca se viu no Brasil -- talvez em nenhum país -- motor de 1.000 cm3 com compressor. A escolha da Ford, em detrimento de um turbo como o usado no Gol, deveu-se à simplicidade construtiva, menor custo e à hipotética vantagem de fornecer ganho de potência desde as rotações mais baixas. Contudo, não é o que se nota ao dirigi-lo: o Fiesta sai lento nas acelerações normais do dia-a-dia, evidenciando a baixa cilindrada e exigindo certa retenção da embreagem para arrancar com agilidade.
O VW turbo é bem superior nesse aspecto. Continua |
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