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No Ford merecem menção os práticos difusores de ar, emprestados do Ka; os vãos que retêm as fivelas dos cintos traseiros quando fora de uso, evitando ruídos; e o espaço para objetos, o maior do grupo -- e ponto crítico do Clio. O Fiesta é claramente mais simples: o único sem temporizador da luz de cortesia (com apagamento gradual nos outros três), controle da iluminação do painel, abertura direta do porta-malas (como alternativa, deveria ter controle elétrico interno, como na geração anterior) e luzes de leitura. Como o Clio, não tem faixa degradê no pára-brisa nem abertura da tampa de abastecimento conjugada à trava central das portas.

Controle de áudio junto ao volante e indicação do nível de óleo no painel simplificam a vida no Clio. Em compensação, a falta de espaço para objetos e a posição dos controles dos vidros...
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Mais que isso, o Ford fabricado em Camaçari, BA surpreende pela baixa qualidade de fabricação. Por fora, frestas grandes e irregulares entre os painéis metálicos; por dentro, alguns comandos aparentando fragilidade (como os de ventilação e o de destravamento do capô) e revestimento de carpete apenas (mal) encaixado no porta-malas. O triângulo vem revestido e preso ao carpete do assoalho com velcro, mas o próprio carpete fica em uma placa de madeira solta, que pula em lombadas e leva junto o triângulo, fazendo barulho.

Se essa parte da Ford do Brasil não foi muito bem feita, a da européia merece destaque. Cativa no Fiesta o ótimo espaço interno, em especial na altura e na acomodação das pernas de quem vai atrás, pontos fracos do antigo modelo. O Corsa também agrada nesses aspectos e no espaço para a cabeça, este mais crítico no banco traseiro do Clio. Mas nenhum deles é adequado para cinco adultos.

Clique para ampliar a imagem Muitos detalhes interessantes no Polo: luzes de cortesia, bons porta-objetos, ajuste do temporizador do limpador, mola a gás para o capô. A iluminação do painel em azul e vermelho não contribui para a leitura

O Fiesta também é superior em capacidade de bagagem: 305 litros, a maior do segmento, contra 270 do Polo, 260 do Corsa e 255 do Clio. Todos trazem o estepe sob o assoalho, por dentro, inclusive o Ford e o Renault, que o deixavam de fora nas gerações anteriores (em nenhum o estepe tem roda de alumínio). Banco bipartido equipa os quatro, mas com assento inteiriço no Fiesta e Corsa, o que reduz a versatilidade. Detalhe adicional do Polo é a fechadura elétrica do porta-malas: um leve puxão e ela se destrava, sem esforço.

Mecânica, comportamento e segurança   Cada modelo aposta em uma receita distinta em termos de motor: 1,0 litro com oito válvulas e compressor mecânico no Fiesta, 1,6 litro com oito válvulas no Polo, com 16 válvulas no Clio e 1,8 litro com oito válvulas no Corsa, estes três de aspiração natural. E basta dirigi-los por alguns minutos para que se façam evidentes os diferentes comportamentos obtidos com cada opção.

Em função da maior cilindrada, o motor 1,8 do Corsa responde bem em baixa rotação e permitiu um câmbio mais longo. Mas sua aspereza de funcionamento chama a atenção até de quem não conhece automóvel
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O Supercharger é original e inédito: nunca se viu no Brasil -- talvez em nenhum país -- motor de 1.000 cm3 com compressor. A escolha da Ford, em detrimento de um turbo como o usado no Gol, deveu-se à simplicidade construtiva, menor custo e à hipotética vantagem de fornecer ganho de potência desde as rotações mais baixas. Contudo, não é o que se nota ao dirigi-lo: o Fiesta sai lento nas acelerações normais do dia-a-dia, evidenciando a baixa cilindrada e exigindo certa retenção da embreagem para arrancar com agilidade. O VW turbo é bem superior nesse aspecto. Continua

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