Efetuada a inspeção, porém, novos casos ocorreram. Betim demorou meses para
lançar novo recall, desta vez no sistema de direção. Segundo a Associação das Vítimas de Incêndio em Tipo (Avitipo), criada à época para impetrar ação
judicial (saiba mais) em razão dos incêndios, o problema ocorria quando o volante era todo esterçado para um lado e outro, como ao
manobrar. Uma mangueira do sistema hidráulico da direção não suportava a pressão e deixava vazar fluido sobre o ramo primário do escapamento. O fogo se alastrava rapidamente pelo compartimento do motor.
Quando as medidas efetivas foram tomadas, porém, já era tarde. A imagem do Tipo estava arruinada. A produção nacional foi encerrada após menos de dois anos, em 1997, e
houve grande depreciação do carro no mercado de usados. A omissão da Fiat havia transformado um grande sucesso em um carro desvalorizado e rejeitado. Há, porém, quem afirme que a queda do Tipo se deu ao passar a ser fabricado no Brasil, perdendo o charme de carro
importado e caindo na vala comum. Pode ser.
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