A direção era muito rápida e o freios a disco vinham da famosa marca Girling, à época fornecedor da Fórmula 1. O famoso fabricante italiano Campagnolo fornecia as rodas de liga de alumínio forjado, em várias medidas de largura. Usava pneus Pirelli Cinturato CN36 ou Michelin XWX. Havia dois tanques centrais, com capacidade perto dos 85 litros. O consumo da fera era de 7 km/l quando dirigido com calma. Com entusiasmo, crescia sensivelmente. |
A traseira peculiar, com persiana no vidro traseiro e grandes lanternas redondas, foi muito vista pelos concorrentes do Stratos nas pistas... | ![]() |
Nas pistas Era um monstro sagrado dos ralis da célebre escuderia italiana, chefiada por Cesare Fiorio, diretor esportivo da fábrica. Também faziam parte desta equipe o engenheiro Gianpaolo Dallara e Mike Parkes, também engenheiro e piloto, que ajudaram nos acertos da máquina. Com distância entreeixos reduzida, o Stratos era excelente em curvas fechadas, o rei do baile quando a aderência era mínima. Gostava de neve, terra, areia e barro. Não faria feio hoje frente aos carros da categoria WRC. É certo que estes são mais rápidos, mas sem o mesmo charme e maneabilidade. Poderia surpreender em curvas fechadas mesmo a pilotos talentosos. Tinha suas manhas. Mas em retas e curvas longas e abertas asfaltadas era uma negação, apresentando problemas de estabilidade direcional. |
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A insólita abertura do capô era um entre muitos detalhes do protótipo Stratos apresentado por Bertone em 1970... |
Em sua estréia, na Volta
da Córsega em 1972, Sandro Munari abandonou com a
suspensão quebrada. A primeira vitória veio no Rali da
Espanha em 1973. Neste mesmo ano conseguiu o segundo
lugar absoluto na 47ª edição de Targa Florio e, com
Munari outra vez, venceu a Volta da França e a Volta da
Sicília. Em 1974, conquistou a vitória no Rali da Sicília. Também ganhou, com uma versão de 24 válvulas e 300 cv, nas mãos de Gerard Larrouse, novamente o Rali de Targa Florio. Com Munari, venceu ainda o Rali de San Remo disputado do dia 1º a 5 de outubro. Em 1975 ganhou os ralis de Monte Carlo, San Remo e o 1.000 Lagos da Suécia. Chegou em segundo no Safári, mas nunca venceu esta prova. Na temporada seguinte o sucesso continuou, com vitórias em Monte Carlo, Portugal, a Volta da Córsega e o San Remo. O campeonato ficou três vezes consecutivas com a casa italiana. O carro era imbatível e isso afugentou algumas fábricas concorrentes. |
...de linhas tão exóticas e avançadas que ainda hoje fariam sucesso em qualquer salão do automóvel | ![]() |
Em 1977 a
Fiat estava com o projeto do 131 Abarth pronto para
ganhar as estradas difíceis, e disposta a dar força a
este e aposentar o Stratos. Mesmo assim, o Lancia
conseguiu a vitória outra vez, algumas com Munari, e
também chegou em primeiro no Rali Total da África do
Sul. |
De 1973 a 1977, um carro quase imbatível nos ralis. A pequena distância entreeixos e o motor V6 davam ao Lancia extrema agilidade | ![]() |
Não se deu tão bem em circuitos de pistas de asfalto. Teve a distância entreeixos aumentada e isso comprometeu o projeto original. Perdeu muito da agilidade das pistas de rali e tinha concorrentes de peso, como Porsche 911 e Alpine A310. Sua homologação expirou em 1982. |
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