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Clássicos

A Puma era uma empresa pequena, nascente. Tinha em estoque carrocerias prontas; nas prateleiras os detalhes personalizadores. E o eng. Prado, transferido para a Volkswagen, comprou componentes zero-quilômetro ao estoque remanescente da Vemag. Quase todos, menos o comando do freio de mão, que no Puma Vemag ficava sob o painel, à esquerda, e nesta unidade, no chão, entre bancos -- é, aliás, o freio do Karmann-Ghia. O último Puma foi montado manualmente, concessão de empresa pequena, de produção artesanal, para amigo. E foi licenciado como agrupamento de peças.

Não faltavam interessados em novos Landaus depois que ele saiu de linha, mas para um grande fabricante esse tipo de encomenda é quase impossível de atender

Outro caso é dos Chevrolet Veraneio com cara da série 10. Quando a GM suspendeu a produção pelo lançamento da linha 20, lançou apenas os picapes e tinha problemas para um novo modelo. Manteve-se, porém, preparada industrialmente para fazer pequenas séries. Polícias e hospitais interessados inscreviam-se, e a cada 50 encomendas, a GM fazia uma frota zero-quilômetro, mas com a cara do modelo antigo. E só.

Há histórias, com juras e promessas de documento, com firma reconhecida, de um saudosista que encomendou um Landau à Ford -- e a marca teria construído a impossível unidade após novembro de 1982, quando limpou a linha, ou seja, removeu tudo o de fazê-lo. São lendas recorrentes. Há uma, acoplada a um Esplanada, que circula em encontros de carros antigos no Sul. É apresentado como 1970; tem decoração de GTX; e porta um estepe externo, que marcava a versão Présidence, encerrada em 1966.

Jura-se que a insólita misturada foi feita em 1970, encomenda e determinação de um diretor da Chrysler. Difícil a ordem, porquanto os norte-americanos que assumiram a Simca, transformando-a em Chrysler, detestavam os produtos herdados, e estavam satisfeitíssimos com o novidadoso Dodge Dart, lançado em novembro de 1969. Na prática, era impossível cometer tal Esplanada, pois em julho de 1969 a Chrysler limpou a linha de tudo o que se relacionava aos produtos herdados à Simca, de forma que faltava não apenas vontade, mas principalmente, os meios.

Um Esplanada com decoração de GTX e estepe externo de Présidence circula em eventos como suposto modelo 1970. Na verdade, os americanos da Chrysler não gostavam dos Simcas nem havia mais como fabricá-los

Fazer seis Modelos T para a Ford não é tão complicado ou insólito. Esta marca tem tradição em complicações e exceções. Em 1941 fez um exemplar do Modelo A, cópia do original de 1929, descontinuado em 1931. É que Henry Ford II, herdeiro, sucessor, querido do avô, o dono da fábrica, quis ter um automóvel destes, que lhe havia sido impossível por cronologia e idade à época da produção industrial.

Vovô mandou fazer. A um custo que não abalou as finanças do primeiro bilionário do mundo, numa mobilização industrial monumental, exumando gentes, máquinas, fornecedores, e que teria pago muitíssimas unidades de um Ford 41, zero-quilômetro, conversível, então produzido aos milhares. Mas Henry II não queria um 41, queria um 29. E vovô mandou fazê-lo.

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