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Carros do Passado

A Plymouth, outra divisão da Chrysler, também transformou o seu pony-car lançado em 1964 num poderoso muscle-car quando apresentou, em 1969, uma nova geração do Barracuda. Também equipado com o V8 440, com três carburadores duplos Holley, era um hot rod (carro extremamente preparado para acelerar nas ruas) de fábrica. Fazia de 0 a 60 mph em 5,9 segundos e atingia a máxima de 240 km/h. O carro possuía um visual esguio, mas ao mesmo tempo agressivo. A tomada de ar que se projetava para fora do capô lhe valeu o apelido de shaker hood (capô que sacode).

Com um V8 de 440 pol3, linhas esguias e interior esportivo, o Plymouth Barracuda fez sucesso. Verdadeiro hot rod de fábrica, acelerava de 0 a 96 km/h em 5,9 s!
O Barracuda era oferecido com várias opções de motores, desde o "pequeno" seis-cilindros até o gigantesco V8 440, e com câmbio manual de quatro marchas ou automático de três. A versão favorita dos norte-americanos era mesmo a 440 com interior baseado nos modelos de corrida, bancos especiais e volante de três raios.

Outro Plymouth que fez história foi o Road Runner Superbird de 1970. O nome vem do simpático personagem da Warner, no Brasil chamado de Papa Léguas, que vive correndo para escapar do coiote. E de fato o nome não poderia ser mais apropriado, já que velocidade também era o ponto forte desse Plymouth. Verdadeira evolução do Charger Daytona do ano anterior, eram esteticamente quase idênticos, com a mesma frente alongada e aerofólio traseiro. O Plymouth, contudo, extraía 390 cv
brutos do mesmo 440, chegando a atingir nas versões de corrida 352 km/h! Um dos mais potentes carros já fabricados, teve apenas 1.920 unidades produzidas, o que o torna ainda mais atraente para os colecionadores.
Outro pony-car que ganhou músculos: o Camaro Z28 de 1967 usava um 5,7-litros de 295 cv brutos e foi um grande sucesso, com 220 mil vendidos naquele ano (na foto um SS '69)

A GM não se restringiu à divisão Pontiac e apresentou vários outros modelos para entrar na briga. A Chevrolet contra-atacava o Mustang com o Camaro, uma mistura de pony com muscle-car. A versão Z28 de 1967 utilizava o V8 de 302 pol3 (5,0 litros) com 290 cv brutos e oferecia desempenho bem adequado. Também com uma farta lista de opcionais, o Camaro podia ser um tímido cupê ou um poderoso hot rod. O carro foi um estrondoso sucesso, vendendo 220.000 unidades naquele ano.

Outros modelos da Chevrolet também entraram no páreo. O Impala possuía em 1967 uma versão, batizada de SS 427, com o imenso motor de 7,0 litros e 385 cv
brutos de potência. O grandalhão da Chevrolet possuía um desempenho avassalador e também conseguiu expressivo número de vendas, já que poucos carros de seu porte andavam como ele. Outro carro com lugar garantido na galeria da fama dos muscle-cars é o Chevelle 1970, incluindo sua bela versão picape El Camino -- derivado de automóvel, como poucos fora do Brasil. Ambos utilizavam um V8 de 7,5 litros, o que lhes dava um desempenho brutal. O Nova SS com o 5,7-litros de 245 cv brutos também tem seu lugar na galeria da Chevy.

Em 1970 chegava um novo Camaro: "agora nossos competidores sabem como o capitão do Titanic se sentiu", ironiza a publicidade
A Buick, outra divisão da GM, apresentou um dos mais memoráveis muscle-cars de todos os tempos: o GS-X. Versão de topo da série Gran Sport, que antes contava com versões de 350 e 400 pol2, utilizava o eficiente motor V8 455 (7,45 litros) retrabalhado em comando de válvulas, carburação, bomba de combustível e avanço de distribuição, capaz de gerar 360 cv brutos. Era equipado com câmbio automático de três marchas.

O GS-X possuía tudo que um muscle da melhor estirpe deveria ter, como bancos esportivos, suspensão mais firme, pneus bem largos e desempenho impressionante. Com tração traseira, o único problema era a freqüência com que os pneus desse eixo tinham que ser trocados, tal era a força transferida a eles. O GS-X é dos pontos mais altos na história dos muscle-cars. Acredita-se que, com a preparação correta, era capaz de ultrapassar a barreira dos 250 km/h.
A série Gran Sport da Buick passou por motores 350, 400 e chegou ao 455 de 360 cv brutos, que consumia pneus traseiros com grande apetite

Até a conservadora divisão Oldsmobile aderiu à tendência com o 4-4-2. O carro tinha esse nome por possuir quatro carburadores, transmissão manual de quatro marchas e escapamento duplo. Inicialmente era apenas uma versão do Cutlass F85, mas devido a sua popularidade a Olds resolveu transformá-lo em uma linha própria em 1968. Dois anos depois era oferecida uma nova versão, batizada de W30. Com o motor de 7,45 litros e 370 cv brutos de potência, era um legítimo muscle-car.

No ano seguinte o carro perdeu potência, mas não o suficiente para diminuir seu prestígio. Em 1971, por US$ 3.550 podia-se levar o cupê equipado com um V8 de 7,45 litros, 350 cv
brutos, suspensão Rally, bancos especiais e capaz de atingir 200 km/h. O interior também buscava inspiração nas corridas, com o painel baseado nos modelos de competição. Era robusto e potente, bem ao gosto da época. E podia receber, assim como o Camaro Z28, o câmbio Hurst de engates mais rápidos.

O melhor ano para o Oldsmobile 4-4-2 foi 1968, mas em 1970 (foto) ainda oferecia 350 cv brutos e um bom conjunto a preço acessível. A sigla indicava quatro carburadores, câmbio de quatro marchas e dois escapamentos

A Ford decidiu reagir, transformando seu maior sucesso da época -- o Mustang -- em um legítimo muscle-car com a versão Shelby GT 500. Caroll Shelby, um ex-criador de galinhas texano que se tornou piloto, acreditava que nada substitui as polegadas cúbicas de cilindrada. Aplicou ao Mustang de segunda geração um enorme motor de 7 litros e fez algumas modificações externas, para dar ao carro uma aparência ainda mais agressiva. Continua

Em escala
Dodge DaytonaOs muscle-cars sempre foram um tema apreciado pelos fabricantes de miniaturas. Estão presentes desde nos pequenos MacthBox e até nos Minichamps de grande escala. A AMT Ertl tem um Pontiac Firebird 400 1969 em escala 1/25, rico em detalhes. Os cromados das grades e calotas brilham. Não esqueceram das faixas brancas nos pneus. Deste fabricante também existe um Pontiac GTO 1966, escala 1/18, na cor preta sobre uma base de madeira que é simplesmente lindo.

A AMT também tem Charger, Challenger, Chevelle, Olds, Buick e outros bravos. A MPC americana fez um Firebird 400 Formula, ano 1967 e 1/2, com capô transparente para exibir detalhes do motor.
por Francis Castaings

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