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Carros do Passado

O requintado 300SE: motor de 3,0 litros com injeção e 160 cv, molas pneumáticas
na suspensão e itens de conveniência, como teto solar de controle elétrico

No mesmo ano chegava o 300SE, carregado de ornamentos cromados para identificar a adoção de um novo motor: um seis-cilindros de 3,0 litros com injeção mecânica, similar ao do mítico 300 SL "Gull Wing" de 1954, com potência de 160 cv e velocidade final de 175 km/h. A transmissão automática com alavanca na coluna de direção era padrão, mas o comprador podia optar por uma manual de cinco marchas ou pela automática com alavanca no assoalho.

Sua suspensão inovava com molas pneumáticas, que atendiam ao gosto americano por um rodar suave sem sacrificar a estabilidade esperada de um sedã alemão. Havia direção assistida de série, pneus mais largos (7,50 - 13) e freios a disco nas quatro rodas. O revestimento dos bancos em couro era de série e não faltavam itens de conveniência, como controle elétrico dos vidros, temporizador da luz de cortesia, teto solar em aço com comando elétrico (disponível com operação manual em versões inferiores) e antena automática.

A versão 300SE LWB, de entreeixos 10 cm mais longo, oferecia até
repartição entre motorista e passageiros, também de comando elétrico

Alguns clientes Mercedes, porém, reivindicavam um modelo mais espaçoso, sem atingir o altíssimo custo da limusine 600 (chassi W100). Para eles a marca introduzia em 1963 o 300SE LWB, de Long Wheelbase ou entreeixos longo. Com 100 mm a mais na seção central, integralmente aproveitados para o banco traseiro, oferecia grande conforto e a privacidade de uma repartição entre motorista e passageiros, de comando elétrico, opcional. Pesava 1.630 kg e vinha também com um tanque maior, de 82 litros, que logo substituía o de 65 também na versão curta.

Outros aprimoramentos eram feitos aos Fintails mais acessíveis. Os modelos 1964 ganhavam freios dianteiros a disco e servofreio de série, com duplo circuito hidráulico (um para cada eixo, de modo a manter parte da capacidade de frenagem no caso de falha de um deles), e suspensão traseira com molas a ar opcionais no 190 básico. Meses depois os 190 e 220 recebiam opção de direção assistida.

Com a renovação de 1965, os 190 e 190D passavam a se chamar 200 e 200D. Apenas o motor a gasolina era novo, com 2,0 litros e 95 cv

Novas versões   Apesar do sucesso da série, a Mercedes-Benz não demorou a modificá-la. Em 1965 as versões superiores davam lugar a uma nova geração, com chassis identificados como W108 e W109. As inferiores recebiam alterações e mudavam de denominação: no lugar dos 190 e 190D chegavam os 200 e 200D; em vez dos 220 e 220S, havia agora os 230 e 230S. Este último era muito semelhante ao 220S que substituía, trazendo a combinação do motor de seis cilindros à frente curta, antes restrita ao 190.

Os 200 e 230 traziam novas lanternas traseiras, pára-choques simples, com uma lâmina mais estreita acima como acabamento, e saídas de ar cromadas nas colunas. Por dentro, todos recebiam bancos reclináveis e pequenos detalhes. O novo motor de 2,0 litros a gasolina tinha, curiosamente, os mesmos diâmetro e curso dos pistões (87 x 83,6 mm) que o conhecido diesel, herdado do 190D. Claro que a gasolina permitia maior potência (95 cv, 161 km/h) que o diesel (55 cv). Uma embreagem reforçada era opcional, visando aos taxistas.
Continua

O painel do 300SE cupê: instrumentos convencionais redondos, em vez do estranho
velocímetro dos sedãs, parte superior e botão da buzina acolchoados, para segurança

Para ler
Road Tests & Articles, Mercedes-Benz 220S/SE, 250S/SE, 280S/SE, 300SE/SEL Saloons 1957-72 - Trevor Adler, Transport Source Books. Abrange todos os sedãs Mercedes com a letra S produzidos nesse período, o que excede o tempo de fabricação do Fintail. Os artigos e testes são extraídos de revistas inglesas.
Mercedes-Benz of the 1960's - Colin Pitt, Unique Motoring Portfolios. Traz testes, anúncios publicitários e informações de serviço dos vários modelos da marca nessa década, incluindo a fantástica limusine 600, mas com destaque para os Fintails.
Mercedes-Benz Production Models, 1946-1975 - W. Robert Nitske, Motorbooks International. O conhecido autor reúne muitas informações sobre esse período da história da marca. Em inglês, assim como os anteriores.
Em escala
A série Fintail foi produzida por várias marcas e em escalas diversas. Como exemplos, os 300SE e SE longo foram reproduzidos pela Revell em 1/18 (incluindo versão de rali), pela Vitesse em 1/43 e pela alemã Prep em 1/87. A Minichamps fez a versão 220 em 1/43, a Revell fabricou o 220S/SE em 1/18 e a Matchbox ofereceu as ambulâncias transformadas pela Binz em 1/73.

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