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Carros do Passado

Na versão 427 (7 litros) tinha 425 cv para a versão de rua, com torque de 66 m.kgf. A versão Racing chegava a 484 cv, acelerando de 0 a 100 km/h em menos de seis segundos. Emoções fortes garantidas. Pura força bruta. Era um verdadeiro motor Ford Nascar 427, que já tinha provado sua resistência nas provas de Stock Car americanas.

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No 289 homologado pela FIA (esq.) ou no 427 do raio-X acima, a mesma agressividade

A cobra era venenosa mesmo, mordendo o asfalto com vontade. Esta versão hoje é a mais cotada, principalmente a Mark III Roadster, fabricada em 1965 e 1966 com o objetivo de atacar e vencer o Ferrari 250 LM. Pode chegar a 250 mil dólares. O chassi era reforçado com tubos de quatro polegadas em vez de três, para suportar a nova motorização.

Os 100 primeiros carros tinham de ser fabricados conforme as regras da FIA (Federação Internacional do Automóvel) para ser homologados na categoria GT. Quando os inspetores da entidade chegaram a Los Angeles, nos EUA, em 25 de abril de 1965, para emitir o certificado, somente 51 carros estavam prontos. Shelby parou então a construção da versão de competição para se dedicar à de rua. No final do ano só 16 Cobra Racing haviam sido vendidos. Então, 31 carros foram transformados em versão Racing e comercializados.

Ainda se pode comprar um Cobra zero-quilômetro, fabricado pela RAM britânica. Mas réplicas são feitas nos EUA, Canadá e, nos anos 80, até no Brasil

O último Cobra saiu da fábrica em 1969. Hoje, na Inglaterra, em Essex, seu sucessor é fabricado pela RAM Automotive. Recebe carroceria em alumínio ou plástico com fibra-de-vidro e são usados os mesmos moldes da fábrica dos anos 60. São fabricadas cerca de 50 unidades por ano. Nos EUA, Canadá e outros países são feitas réplicas utilizando motor Ford ou Chevrolet.

Considerado seu herdeiro, o Dodge Viper baseou-se no mesmo princípio do saudoso Cobra. O próprio Carrol Shelby ajudou na concepção do modelo e participou de sua apresentação ao público, em 1992, no Salão de Los Angeles. O Cobra se foi, mas seu espírito está vivo.

Nas várias versões, o estilo simples e agressivo foi sempre um destaque

Nas pistas

Em agosto de 1962, a FIA homologou o Cobra para correr na categoria GT acima de 2 litros. Mas 100 carros deveriam ser construídos em 12 meses, e somente oito ficaram prontos. Vários problemas com o chassi e carroceria atrasaram a produção. Contudo, em uma corrida local, o Los Angeles Times Grand Prix, ele provou ser mais rápido e mais leve que seu concorrente americano, o novo Corvette Stingray.

Em fevereiro de 1963, o Cobra fez sua estréia nas corridas internacionais. Em Daytona, o Ferrari GTO ganhou. Em março foi a vez de correr em Sebring. Os Ferraris novamente ganharam, mas o Cobra fez a volta mais rápida da categoria GT.

Em 1964 o Cobra bateu pela primeira vez o Ferrari GTO, uma das metas de Shelby ao desenvolver o roadster
Os primeiros 125 exemplares do AC Cobra ficaram prontos em junho de 1963. O projeto aerodinâmico do Daytona cupê foi iniciado com o objetivo de alcançar mais de 200 milhas por hora (320 km/h) na reta de Mulsanne do circuito onde a 24 Horas de Le Mans é disputada. A marca de 170 milhas por hora (272 km/h) já havia sido atingida pelos carros de produção.

Em setembro de 1963, Dan Gurney venceu a 500 km de Bridgehampton. Foi o primeiro piloto americano a vencer com um carro americano uma corrida controlada pela FIA. Em dezembro, o Cobra venceu os campeonatos USRRC (United States Road Racing Championship) e o de carros de produção nacionais do SCCA (Sports Car Club of America) , superando os Corvettes.

Interior sofreu modificações com o tempo, perdendo inclusive o volante de madeira. Mas permaneceu espartano e tipicamente esportivo

Em março de 1964, foi inscrito o modelo CSX2166, com motor 427, na categoria protótipos na prova de Sebring. Foi a primeira vez que bateu o Ferrari GTO. No mês seguinte, na famosa prova Targa Florio, na Itália, chegou em terceiro atrás do Porsche 904 e do Ferrari.

Três meses depois, em junho, no circuito de Sarthe, onde se realiza a 24 horas de Le Mans, o Cobra chegou em quarto lugar geral e venceu na categoria GT derrotando pela primeira vez a Ferrari, numa prova tão famosa e da FIA. Em outubro o protótipo Cobra 427 era testado em Silverstone e depois nas pistas dos EUA.

Bem-sucedido nas pistas, formou uma legião de fãs no mundo todo. A versão mais rara chega a ser cotada em 250 mil dólares

Em fevereiro de 1965, o Cobra venceu nas mãos de Jo Schlesser e Harold Keck na categoria GT em Daytona. Na Europa a equipe Cobra ganhou várias corridas como em Monza, na Itália, e em Oulton Park, na Inglaterra. Em novembro do mesmo ano o Cobra 427 recebia a certificação da FIA para disputar o campeonato de 1966. O último 427 roadster foi construído em março de 1967.

Em escala
O fabricante Road Tough faz um exemplar bem detalhado em escala 1/18. Vem na cor azul-marinho (Shelby Guardsman Blue), com as tradicionais faixas duplas brancas que vão do capô ao porta-malas, extintor de incêndio entre os bancos, arco de proteção para o motorista, rodas que esterçam, portas, capô e porta-malas que se abrem. O volante de três raios também gira.
Para ler
AC COBRA 260/289/427 - Collection Grand Tourisme. De Philippe Hazan; 136 páginas; 90 fotos em cores e em preto e branco.

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